Rede de Mulheres da Bloomberg discute economia e diversidade no Brasil

Redação
por Redação

A Bloomberg Women’s Buy-Side Network (BWBN) do Brasil reuniu recentemente mais de 70 mulheres do setor financeiro para discutir a economia brasileira e a posição das mulheres na indústria de gestão de ativos.

O evento, intitulado “Empoderamento Feminino e Tendências Econômicas: Um Novo Horizonte para Gestoras”, contou com um painel sobre as perspectivas da economia brasileira para 2025, com a participação de Fernanda Guardado, Chefe de Pesquisa do BNP Paribas, Milena Landgraf, Sócia e CIO da Jubarte Capital, e Ana Rodela, CFA, Chefe de Crédito da Bradesco Asset Management.

O Banco Central do Brasil tem sido bem-sucedido no controle da inflação, mas a B3, bolsa de valores brasileira,  precisa se recuperar e alinhar-se ao mercado global, afirmou o grupo. Os Estados Unidos continuam sendo um porto seguro para os investidores, e há grande interesse nas próximas eleições dos EUA. “Estamos adotando uma abordagem de curto prazo, com 80% do nosso risco alocado no mercado internacional, refletindo uma visão oportunista das oportunidades globais”, comenta Landgraf.

A situação das mulheres na indústria de gestão de ativos também foi um importante tema discutido no encontro. As participantes disseram que ainda há uma escassez de representação feminina em posições de liderança sênior. Os maiores desafios para a promoção são as barreiras culturais, os estereótipos de gênero e políticas de inclusão e diversidade ineficazes. Conciliar demandas profissionais com a vida pessoal também foi uma preocupação levantada pelo grupo.

“De acordo com os dados oficiais mais recentes disponíveis, apenas 6% dos profissionais certificados para a função de gestores de fundos de investimento são mulheres no Brasil, e apenas 25% dos investidores individuais na B3 brasileira são mulheres. Ainda temos um longo caminho até a equidade de gênero”, afirmou Karina Azevedo, Chefe de Jurídico, Compliance, ESG e Filantropia da Dahlia Capital, durante o discurso de abertura do evento.

Muitas mulheres ao redor do mundo enfrentam uma luta árdua para obter direitos básicos e ainda sofrem com violência de gênero e feminicídio, disse a psicanalista, professora e autora Maria Homem em sua apresentação, “Feminino e Sororidade.” O Capítulo Brasil da BWBN também recebeu 10 jovens mulheres do Instituto PROA, uma ONG dedicada a oferecer oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional para estudantes de baixa renda de escolas públicas.

Sobre a BWBN

A Bloomberg Women’s Buy-Side Network (BWBN) é uma comunidade informal para mulheres na gestão de ativos. Lançada em 2018 em Cingapura, a rede expandiu-se para capítulos locais no Brasil, Índia, Japão, Hong Kong e Austrália/Nova Zelândia, sendo liderada por algumas das mais influentes profissionais do setor na região. A BWBN reúne mulheres do buy-side para discutir tendências globais de investimento, promove a inclusão na indústria e, por meio de mentoria ativa, educa a nova geração sobre a diversidade de carreiras no buy-side.

Fonte: Externa

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