Nem tudo são flores no Dia Internacional da Mulher

Redação

Cathy Birle

Nem tudo são flores no Dia Internacional da Mulher

Essa matéria não é ‘Rodriguiana’, mas cabe bem a expressão criada através do autor de ‘A vida como ela é…’ (com reticências e tudo) que Nelson Rodrigues escrevia diariamente para o Última Hora, jornal de Samuel Wainer, onde durante dez anos, de 1951 a 1961, criou milhares de histórias que o tornaram popularíssimo, mas que também consolidaram a sua reputação de “tarado”.

E por mais estranho que pareça, essa colocação se encaixa muito bem aqui, principalmente, porque a geração de mulheres nascidas entre 1970 e 1990 passaram por muitos ‘incômodos Rodriguianos’, por assim dizer. Nessa época, as mulheres foram criadas para enfrentarem o mundo machista e foram incentivadas a serem independentes e focar em suas carreiras, mas contraditoriamente, muitos genitores continuaram a nutrir conceitos machistas em seus filhos homens.
Dá pra entender? Então só vem que vamos explicar.

Nessa matéria especial do Dia Internacional das Mulheres, trouxemos três das mulheres mais destemidas, influentes, poderosas e fortes do mundo da comunicação. São líderes de grandes empresas do trade de publicidade e propaganda, com carreiras consolidadas, inclusive internacionalmente, e que galgaram a sua ascensão pelos seus méritos, esforços e capacidade, sem jamais perder a feminilidade e sem sucumbir a facilidades ou assédios para crescerem profissionalmente. Hoje, são exemplos de mulheres muito bem sucedidas que representam milhares de outras mulheres e que continuam a lutar pela transformação desse mundo. E o melhor, todas aceitaram de bate e pronto, a falar abertamente sobre vários assuntos, alguns que continuam ‘parecendo’ tabu, geram muita polêmica e até mesmo, permanecem bastante enfadonhos a muitas pessoas, mas ao mesmo tempo, nos fazem refletir e trazem à tona muita clareza e luz, para que outras mulheres possam crescer e prosperar em suas carreiras, estimulando-as a acreditar em si próprias e em seus sonhos, para que se tornem reais.

Primeiramente, apresentando essas mulheres tão incríveis que tive a honra de entrevistar.

Está preparado? Então, se segura aí que já vamos começar (na íntegra, sem edição).

– Acha que a mulher tem que ‘perder’ sua feminilidade para ser respeitada e se impor no mercado?

DM
– Não deveríamos, mas eu me assumo como exemplo de quem perdeu um bocado sim. Sobretudo após meu divórcio. Antes me sentia protegida pelo laço do casamento e uma aliança no dedo, apesar de ter sido assediada mesmo com casada por algumas vezes no ambiente profissional.

Quando me vi solteira, empreendedora e sem essa “prova de posse”, acabei por assumir muitos trejeitos mais masculinos, repensar decotes e maquiagem, aterrar a vaidade para me sentir menos exposta ao assédio, não apenas sexual. Aproveitei o fato de ser eu grande e imponente para me posicionar frente ao constante mansplaining e descrédito que mulheres passam no meio, como executivas ou ideadoras.

EJ
– Não me orgulho em dizer que já usei essa “estratégia” para ser respeitada. Há 20 anos, minha “masculinização” se dava por dois motivos: primeiro porque as referências que eu tinha de liderança eram quase 100% masculinas ou já “masculinizadas” e segundo para fugir do assédio. Me moldei ao que era esperado, para conseguir “sentar à mesa”. Não existiam movimentos como os que têm hoje para ajudar as mulheres na ocupação dos espaços nas empresas. Cheguei a ouvir mais de uma vez quando eu estava fazendo um excelente trabalho: “nossa, você trabalha como um homem!” – como se fosse um elogio. Mas com o tempo aprendi que imprimir minha personalidade feminina às minhas entregas, só tinha a agregar na minha carreira e para as empresas que eu trabalhava.

Respondendo a pergunta: hoje em dia essa masculinização é totalmente démodé. Temos modelos de lideranças femininas incríveis, que nos ensinam que uma profissional de sucesso pode acontecer sem precisar se conectar aos antigos estereótipos deturpados de gênero que foram construídos por anos no mercado da propaganda e sociedade. Temos modelos inspiradores não só de mulheres que atuam fora do país, mas muitas aqui no mercado Brasileiro que são reconhecidas globalmente: Ana Cortat, Laura Florence, Brisa Vicente, Inaiara Florêncio, Ana Leão, Ana Castelo Branco, Cristina Namovs, Deh Bastos, Juliana Nascimento, Marcia Esteves, Larissa Magrisso, Gisele Sakamoto e muitas outras.

As marcas, agências e empresas entendem que a diversidade de gênero nos espaços corporativos, incluindo as posições de liderança, só agrega aos resultados. As que não entendem, essas sim, tem que perder o preconceito se quiserem se manter no mercado.

GV
– Feminilidade é um conceito abstrato dentro das múltiplas formas de ser mulher no universo contemporâneo. Contudo, considerando a feminilidade como um universo marcado pela sensibilidade, escuta e dinamismo, fica mais do que evidente que essas características tidas como “femininas” são muito importantes para o mercado de trabalho. Ou seja, não tem razão para perder essas virtudes, pelo contrário. Acredito que nenhuma mulher, ou nenhuma pessoa de qualquer gênero, tenha que inibir a expressão da sua identidade de gênero para ganhar respeito no mercado. Eu exijo respeito pela minha história, meu trabalho e minha entrega.

– Como construiu sua carreira e conquistou o seu espaço?

DM
– Eu não construí uma carreira, acho que a carreira me construiu. Eu sou uma nerd frustrada, não fui estimulada pela minha família a assumir minhas tendências, fui criticada pelas mulheres da minha família por ser estudiosa e curiosa, mas em algum momento saí do ciclo, comecei a trabalhar no varejo aos 16, e anos depois me conectei inevitavelmente com a tecnologia e peguei demais o fio da meada. No fim das contas, comecei na publicidade digital há 19 anos atrás e por acaso, quando já trabalhava com hardware e softwares web, já era considerada “velha” para o digital quando iniciei aos 31 anos. Me apaixonei e sou movida por essa paixão, mas levei muita puxada de tapete nesses anos, viu?

EJ
– Acredito que o fato de eu ser muito corajosa e ser uma pessoa “do sim” foi o que trouxe destaque. Eu nunca fui do tipo que dava o “não” como resposta, eu oferecia uma solução dentro do tempo, budget ou expectativa do cliente, transformava o que muitos tinham como impossível, em algo grandioso e viável. Me posicionei naquele lugar que ninguém queria mexer, pois os riscos eram maiores. Eram, de fato. Mas os resultados positivos e repercussão para minha carreira, eram diretamente proporcionais.

GV
– Sempre fui uma mulher curiosa e com bastante atitude. Acredito que essas características foram muito importantes para que eu estudasse, me preparasse e não duvidasse das minhas qualidades. O constante contato com mulheres fortes e inspiradoras também foi fundamental. Mulheres como minhas familiares, mas também grandes estudiosas, cantoras, atrizes, enfim, referências. Sei que não estou sozinha e se elas conseguiram, eu também conseguiria.

– Já foi assediada no trabalho? Acha que existe assédio ainda hoje no Brasil e em outros países, já que você viaja tanto?

DM
– Ô se fui, e de todos os modos, do mais sutil e psicológico ao mais descarado e invasivo. Não muito tempo atrás tive coragem de expor um “cliente” que me assediou fisicamente, com direito mão na bunda e “desculpa, estava doidão”, ao estilo clássico Daniel Alves. E sim, existe e muito ainda, demais! Sei pelos relatos que colhi ao longo dos anos e com as Misses que me abordam sob um NDA de privacidade: vocês não imaginam o número de líderes laureados e aplaudidos que são assediadores recorrentes, e protegidos pelo mercado. E além de eu estar num grupo anti assédio do mercado de Startups, outro com histórias horrorosas. Mas mulheres que expõe são culpabilizadas e se tornam personas non gratas, e é um ato bravo uma mulher contar isso aos demais, desmascarar o assediador, se embater com um RH ou processar pessoa ou empresa; carregará uma letra escarlate da empregabilidade. Mulher que não tolera assédio é vista como uma pária, um perigo para o status quo, e se já há menos espaço para as mulheres em muitos setores e áreas, se ela for resistente ao sistema terá que subsistir de outros modos renegada ao micro empreendedorismo ou ao silêncio.

EJ
– Muitas vezes. Por chefes, clientes, fornecedores, colegas de trabalho, pares. No Brasil, mais do que em qualquer outro lugar. Por brasileiros, em qualquer lugar do mundo. É cultural. Os USA e alguns países da Europa têm uma política corporativa de punição muito grave para casos de assédio, e investem em treinamentos e letramento para que isso não aconteça. No Brasil, não temos esse comprometimento das empresas. Mesmo o assédio existindo até hoje.

O que mudou mesmo para mim, é como lido com ele. Estou mais madura e mais “calejada”, então lido melhor com as investidas e sei me posicionar quando sou assediada na maioria das vezes. Veja: na maioria, não em todas às vezes! Pois muitas vezes me pega de tanta surpresa que fico em choque. E é nesse momento que volto para a “Etienne de 20 e poucos anos” que dava um sorriso amarelo ou entrava na “brincadeira” por simples falta do saber o que fazer. Por isso, sempre que posso, nas mentorias que dou, falo disso com as profissionais mais jovens, para que elas não esperem tanto tempo quanto esperei para enfrentar essa violência.

GV
– Nós sabemos que o mercado de trabalho é estruturalmente racista e machista, então é quase impossível não passar por algum episódio desses, nem que seja velado. Sim, o assédio é constante no Brasil . Acredito que os assédios que ocorrem no mercado, que ainda temos que enfrentar é a grande quantidade de micro agressões que sofremos por sermos mulheres, pretas, ou indígenas, ou LGBTQIA +… Os ambientes parecem todos estarem mais atualizados e progressistas em vários temas, mas as pequenas violências do dia a dia ainda existem e precisam ser combatidas.

– Tem dicas de como impor respeito em situações constrangedoras?

DM
– Durante décadas eu me calei e sorri, hoje eu falo abertamente e exponho o meu constrangimento imediatamente. Como mulheres já somos taxadas como melindrosas e sensíveis quando cordatas, não vejo mais porque não ser taxada sendo assertiva e objetiva.

EJ
– Hoje na posição que estou, fica muito mais fácil lidar com essas situações, mas sei que para mulheres em início de carreira, o desafio pode ser muito maior. Acredito que hoje existam formas mais estruturadas e eficazes para lidar com isso. Para começo de conversa, acredito que apoiar-se em outras mulheres para receber acolhimento e se fortalecer, é o principal. Muitas vezes a vítima se culpa pelo assédio que recebeu, e uma rede de apoio ajuda muito nesse processo. De forma prática, dividir o que aconteceu com a liderança (ou outra se o assédio vir da liderança direta), reportar o ocorrido para o RH, fazer Boletim de Ocorrência e até mesmo expor nas redes sociais, são caminhos que podem ser tomados. Só não finjam que não entenderam que aquilo era um assédio para não terem que lidar com ele. Procurem uma rede de apoio.

GV
– Mais importante do que dar dicas para as mulheres que como impor respeito em situações constrangedoras, é ensinar os homens a não criar situações constrangedoras. A minha dica é que as empresas invistam em letramento sobre questões de gênero e raça. Além disso, as empresas também precisam de lideranças femininas porque se uma mulher passar por um problema no trabalho e todos os seus diretores forem homens, ela se sentirá inibida a se posicionar e denunciar. Ou seja, está na hora de parar de individualizar o assédio e começar a entendê-lo como um problema coletivo da sociedade.

– Ao falar abertamente sobre isso, sente-se desconfortável ou acha que é seu papel ajudar outras mulheres a não passarem por situações de assédio?

DM
– Eu falo abertamente, é mais que meu papel, ainda mais com a missão que divido com minhas sócias Kika Pontes no Misses at Work, e com a Danae Stephan na Content Lovers. Hoje me sinto mais desconfortável ao não abordar qualquer tema que seja desfavorável ao feminino do que me colocar numa posição de abstenção – a neutralidade numa dor comum, grande e tão presente nas vidas das mulheres é que me tira o sono!

EJ
– Desconfortável devem se sentir os caras que me assediaram ao longo da minha carreira. Vai que eu resolvo contar cada situação com os nomes aqui. Já pensou?! Acho que o papel das mulheres é sempre melhorar a vida das mulheres que vem depois da gente. Sei que muita mulher precisou passar por coisas bem piores do que eu, para que eu pudesse me posicionar e adentrar os espaços que consegui. Sou grata a cada uma delas. E meu give back é ajudar outras mulheres a terem uma jornada ainda melhor do que a minha.

GV
– Nós como mulheres precisamos sempre nos ajudar, então falo abertamente sobre isso.
Acredito que cada mulher tenha seu tempo quando diz respeito ao processo de cura de um assédio ou uma agressão. Acredito também que nenhuma mulher seja obrigada a passar por cima da sua dor enquanto não está pronta. Porém, é claro, que quando estamos prontas, o apoio que podemos dar a partir das nossas vivências pode ajudar e muito.

– Teve que abdicar de algo em sua vida para estar hoje na liderança? O que?

DM
– Abdiquei do meu casamento e na sequência de questões românticas e relacionamentos: quanto mais eu crescia, mais os meus relacionamentos sofreram. E por incrível que pareça, quão mais competente e afirmativa eu fui em algumas sociedades e posições que assumi, menos ouvida e mais aterrada, um clássico para muitas mulheres, e eu inclusive, é o espólio de ideias e líderes diretos levando crédito por nossos projetos, e por isso hoje eu sou cercada de mulheres por todos os lados.

EJ
– O ditado “cada escolha, uma renúncia” é real. Para construir a carreira que tenho hoje, precisei sair da minha cidade natal, do meu estado, deixei amigos para trás, abri mão de momentos importantes em família, não pude celebrar muitas datas comemorativas pois estava trabalhando enquanto amigos estavam curtindo. E sabe o mais importante? Não me arrependo de nada! Foi uma escolha consciente e necessária, para que eu conseguisse chegar onde eu queria. Coloquei uma data para aquilo acabar e cumpri essa meta comigo mesma. Quem quer assumir um cargo de liderança, vai ter que abdicar de uma coisa ou outra. Pois o líder não trabalha para si, mas pelos outros. E quando temos pessoas que dependem da gente, elas são a prioridade.

GV

Tive de abdicar de tempo livre e do medo. Medo de não ser ouvida, de não ser acolhida, se não ser boa o suficiente. Quando abdiquei do medo, consegui.

– Acha que ainda existe machismo dentro da área de comunicação no Brasil? E em outros países como Europa e Estados Unidos. Consegue fazer um comparativo?

DM
– O machismo no Brasil não existe, ele É. Apesar de tudo, sou uma otimista e observadora – hoje em dia eu vejo muitos mais homens parceiros e pares comerciais aliados no nosso segmento do que eu vi ao longo de 33 anos no mercado de trabalho! Está melhorando, mas falta muito.

EJ
– Existe, claro. Nossa sociedade é muito machista. Nos USA também existe. Mais em alguns estados do que outros, exatamente como é aqui.

GV
– Sim, basta ver quem são os CEOs das principais empresas. A maioria são homens brancos. Sem questionar a legitimidade dessas lideranças, mas é evidente que é o machismo que afeta as mulheres desses postos de liderança no mercado.

Existe machismo em todos os setores da sociedade brasileira. Apesar de percebermos grandes mudanças nos últimos anos, ele é mais silencioso e não tão explícito, até porque hoje certos comportamentos já não são mais aceitos em ambientes corporativos. Porém, se olharmos apenas a disparidade de salários que segue sendo praticada no mercado brasileiro, temos a resposta muito clara para essa pergunta. Segundo dados do Dieese de 2023, mulheres ganham 21% menos que homens e são maioria entre desempregados.

– Indique livros, séries ou filmes que mudaram sua vida e te fizeram rever conceitos e te ajudaram a ser a líder que é hoje.

DM
– Livros: As Brumas de Avalon da Marion Zimmer Bradley, que apesar de ser um romance ficcional histórico traz uma narrativa muito forte sobre a posição feminina na era pagã, acho bem atual e legal de reler em idades diferentes. Mulheres que Correm com Lobos de Clarissa Pinkola Estés é um livro difícil, mas extremamente poderoso. Numa linha diferente a Lógica do Cisne Negro do Nassin Nicholas Taleb.

Filmes: Estrelas Além do Tempo, pois extrapola o desafio feminino, é um exercício empático para qualquer pessoa, e Terra Fria, que é a verdade da mulher no mercado e o peso do julgamento.

EJ
– Quero indicar dois projetos recentes, pois sigo aprendendo a ser uma líder melhor até hoje:
O https://moregrls.com.br da Camila Molleta e Laura Florence e o https://www.lucidas.cc da Larissa Magrisso.

Esses dois projetos falam do coletivo e de como nós mulheres podemos nos apoiar uma nas outras, quebrando paradigmas e crenças limitantes que aprendemos desde a infância.

GV
– Livros: Nada pode me ferir – David Goggins, Fora de Serie – Maicon Gladwell, Negros Gigantes – Alê Garcia;
Filmes: Ma Rainey – A mãe do blues; A Vida e a Historia de Madam C.J.Walker ; Estrelas Além do Tempo;
Series: Dynasty – Lee Rose, Primeiro as Damas: Mulheres no Hip-Hop (Netflix)



– De um conselho às mulheres.

DM
– A sociedade construiu uma concorrência que nos divide, mas na dúvida apoie antes uma mulher sem julgamentos! Sejamos a mudança que precisamos para ter equilíbrio na sociedade.

EJ
– Temos uma força vital muito maior do que pensamos! Se a conectarmos com a força de outras mulheres, ficamos ainda mais fortes e seguras. Mulheres não são inimigas ‘naturais’ de outras mulheres (por mais que você possa ter tido uma experiência ruim com alguma outra mulher na vida, saiba que a estrutura patriarcal é a culpada por isso). A relação das mulheres com outras mulheres no corporativo podem ser portos seguros! Vivemos os mesmos anseios, dúvidas e desafios, independente da posição que ocupamos. Precisamos fazer as pazes com essa ideia e parar de acreditar na fábula que nos contaram, que mulheres não gostam de mulheres. Sabemos bem quem não gosta da gente. <3

GV
– Nunca desistam!! Estude muito sua área de interesse! Desenvolva Hard Skils!

A mim, só resta dizer que tenho muita gratidão e orgulho por conhecê-las, de ter a cada uma de vocês como uma grande e generosa amiga e o privilégio de ter obtido respostas vindas de todo o coração para dividirmos com o máximo de pessoas possível, a fim de ajudar a construir um mundo melhor. Vocês são flores, as mais lindas que já pude apreciar!

Feliz Dia Internacional das Mulheres!

*Foto de capa: iStock

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Fonte: Externa

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