A BYD, maior montadora de veículos elétricos da China, sofreu queda de 43% nas vendas do primeiro trimestre ante o final do ano passado, o que pode implicar a perda do título de maior do mundo no setor para a Tesla, depois de conquistá-lo em 2023.
A BYD vendeu 300.114 veículos no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 43% em relação ao recorde de 526.409 apurado nos três últimos meses do ano passado, quando ultrapassou a Tesla. As vendas do primeiro trimestre aumentaram 13,4% em relação ao mesmo período de 2023.
A queda trimestral pode significar que a Tesla retomará o título de maior do mundo em vendas com base na previsão de 458.500 veículos apurada pela Visible Alpha com analistas. A Tesla deve divulgar vendas de primeiro trimestre nesta quarta-feira (3).
A retomada da coroa de vendas pela Tesla mostra que sua influência global não será facilmente desafiada, especialmente porque ambas as empresas esperam uma desaceleração no crescimento das vendas de veículos elétricos na China este ano. Isso também demonstra que o domínio de curta duração da BYD foi resultado de seus cortes de preços domésticos.
A BYD vendeu 626.263 veículos de todos os tipos no primeiro trimestre, um aumento de 13,4% em relação ao ano anterior, mas uma queda de 33,7% em relação ao recorde trimestral de 944.779 no quarto trimestre.
As vendas de março foram de 302.459 veículos, um salto de 46% em relação ao ano anterior e seu segundo maior registro mensal de vendas. A BYD registrou um recorde mensal histórico de 341.043 unidades em dezembro.
As vendas de seus modelos puramente elétricos atingiram 139.902 em março, um aumento de 36,3% em relação ao ano anterior, enquanto as vendas de híbridos plug-in aumentaram 56,4%, para 161.729 unidades.
Desde fevereiro, a BYD vem respondendo à guerra de preços que a Tesla iniciou no começo do ano passado na China, cortando os preços das versões mais recentes de sua linha em 5% a 20% em relação às versões anteriores.
Na semana passada, a BYD estabeleceu uma meta de vendas de 3,6 milhões de veículos para 2024, um aumento de 20% em relação ao recorde do ano passado, informou a Reuters citando fontes.