Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, afirmou nesta segunda-feira (05) que, se vencer as eleições, não vai largar o mandato no meio para concorrer, em 2026, ao governo do Estado. Ele falou pela primeira vez sobre esse tema em sabatina do g1.
“Eu me comprometo com o eleitor da minha cidade em ficar até o fim do mandato”, disse.
Paes foi o primeiro candidato a participar da sabatina do g1. Amanhã será a vez de Alexandre Ramagem (PL) e na quarta-feira (07) o entrevistado será Tarcísio Motta (Psol).
A informação de que ele pensa em concorrer ao governo do Estado ganhou força durante a escolha do vice da sua chapa. Segundo interlocutores, o prefeito estava irredutível na escolha de uma chapa “puro-sangue”, ou seja, alguém do mesmo partido, e buscava um aliado de sua confiança justamente pela chance de daqui a dois anos ter que entregar a prefeitura nas mãos do vice.
Com um aliado no posto, ele teria condições de, em tese, continuar “governando a capital” mesmo estando fora.
O escolhido foi o deputado estadual e ex-secretário da cidade Eduardo Cavaliere, do mesmo partido. O parlamentar de 29 anos virou o favorito depois de o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) – principal aliado de Paes na política – abrir mão da indicação quando veio à tona o caso de um vídeo íntimo que o envolvia.
Na entrevista desta manhã, no entanto, Paes tratou a possibilidade de concorrer ao governo Estado como “especulação”.
“Em 2012, quando fui candidato à reeleição, falavam que eu iria sair em 2014. Depois, em 2020, quando ganhei a eleição, o que mais ouvi é que iria sair para ser governador. Eu adoro ser prefeito do Rio. Tenho a honra de ter tido a confiança da população da cidade por três vezes. Se tiver a honra de ter pela quarta vez, permanecerei no meu mandato. Essa é a minha obrigação e para isso que estou me colocando”, afirmou.
Segundo Paes, as especulações estariam atreladas ao cenário político do Estado. “Acho que as coisas vão muito mal no Estado, naquilo que é a principal tarefa do Estado, que é a segurança pública, e acho que temos sim uma ausência de quadros nessa missão”, ele acrescentou.