A região do Mercado Municipal de São Paulo, no centro da capital paulista, está sem fornecimento de energia elétrica desde o início da manhã desta sexta-feira (5).
De acordo com a concessionária de distribuição de energia elétrica Enel SP, um furto de cabos na rede subterrânea impossibilitou que fossem realizadas manobras automáticas na rede, após a falha em um equipamento, causando a interrupção da energia elétrica.
A companhia afirmou, por meio de nota, que segue trabalhando no local para restabelecer a energia aos clientes impactados “no menor prazo possível”.
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Problemas em Fortaleza
A falta de energia também atinge o parque aquático Beach Park, em Aquiraz, localizado na Grande Fortaleza (CE). O problema forçou a administração do espaço a suspender as atividades nesta sexta-feira (5). O serviço de energia no Ceará também está sob responsabilidade da Enel.
“Problemas recorrentes no abastecimento de energia fornecido pela Enel danificaram, de forma significativa, nossas instalações elétricas. Essas interrupções causaram danos substanciais às nossas infraestruturas de energia, afetando inclusive os geradores que garantem a nossa autonomia operacional”, diz, por nota, o parque.
“Devido ao ocorrido, o Aqua Park, nosso parque aquático, não funcionará nesta sexta-feira”, complementa a nota, ao enfatizar que os clientes com ingressos agendados para a data poderão fazer a remarcação sem custos.
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Por meio de nota, a Enel Distribuição Ceará informou que uma falha num trecho da rede elétrica que atende o complexo Beach Park causou o desligamento de energia. “A empresa esclarece que mobilizou engenheiros e executivos da área comercial até o local e que está trabalhando, em conjunto com equipes do empreendimento, para identificar as causas do desligamento e normalizar o fornecimento”, diz a nota.
Histórico de problemas
A cidade de São Paulo enfrenta apagões desde 2023. O mais grave deles aconteceu em novembro. Depois de uma forte tempestade com ventos de mais de 100 km/h, diversas regiões ficaram sem luz e, em alguns casos, o abastecimento levou mais de 110 horas para ser restabelcido. Somente no primeiro dia do apagão, estimou-se, na época, que pelo menos 2,1 milhões de pessoas foram afetadas.
Devido a este apagão, em fevereiro, a Enel foi multada em R$ 165,8 milhões pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Nesta quinta-feira (4), o Procon-SP multou novamente a Enel SP, dessa vez em exatos R$ 12.914.591,84, devido a diversas infrações previstas no Código de Defesa do Consumidor constatadas pela área de fiscalização do órgão.
Dentre as infrações, a considerada mais grave pelo Procon-SP foi a falta de fornecimento de energia para a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo durante um apagão registrado em marco, tanto pela rede normal quanto por geradores, que demoraram muito para serem acionados.
Perto do colapso
Também nesta semana, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse que o sistema elétrico da maior cidade do país corre o risco de colapsar nos próximos três anos. A declaração ocorreu logo após o Ministério de Minas e Energia determinar à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a abertura de processo que pode levar à anulação do contrato de concessão da distribuidora de energia Enel São Paulo.
Nunes disse que se reuniu recentemente com o Sindicato dos Eletricitários de São Paulo. Outros profissionais que trabalharam no sistema de eletrificação da cidade por mais de 30 anos avaliaram que, sem investimento, haverá “um colapso, em no mínimo três anos”.
“É algo muito sério. É necessário tomar uma atitude contundente, é muito perceptível que a Enel não tem condições de continuar”, disse o prefeito.