A Raízen, maior produtora de etanol de cana-de-açúcar do mundo, está explorando locais no Brasil para uma fábrica de SAF (combustível de aviação sustentável) à base de álcool, com o objetivo de construir a segunda unidade do tipo do mundo.
O projeto proposto produziria pelo menos 793 mil galões americanos (3,7 litos) por ano de SAF usando etanol, em vez de resíduos de biomassa, disse Paulo Neves, vice-presidente comercial da Raizen, à Reuters, nos bastidores da conferência de energia CERAWeek, em Houston (EUA), nesta quinta-feira (21).
“Não há óleo de cozinha usado ou sebo suficiente disponível no mundo para produzir todo o SAF que é demandado”, disse Neves, segundo quem o papel do Brasil como grande produtor de etanol o posiciona para se tornar também um produtor de SAF. “Estudamos até mesmo o local e as condições que são necessárias para construí-lo”, afirmou. O executivo, contudo, não revelou o lugar em potencial.
O SAF pode custar cinco vezes mais que o combustível convencional e representa apenas 0,2% do mercado de combustível de aviação.