Os pet shops de bairro devem passar ilesos pela formação da nova companhia. Costa diz que é comum hoje o consumidor fazer suas compras em plataformas de e-commerce sem que isso prejudique os pequenos negócios. Da mesma forma, ele não acredita que os preços dos produtos subirão, justamente pela pulverização do setor. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) avaliará a viabilidade do negócio.
Muitas vezes o consumidor prefere ir em um pet shop ou em um veterinário que ele conhece há mais tempo. Essa relação de proximidade é muito importante e sensível para o mercado de animais de estimação. Isso não será alterado com essa nova empresa, caso seja aprovada a fusão.
Pedro Henrique Costa, advogado
Como o Cade vai julgar o negócio
Mas as lojas pequenas e médias devem ficar atentas a essa movimentação. André Ferreira, sócio-diretor da Pet Future, empresa de inteligência de mercado do setor pet que é parte do grupo de consultorias especializadas em varejo Gouvêa Ecosystem, diz que Petz e Cobasi responderiam juntas por cerca de 10% do mercado.
Diante disso, esses negócios precisam voltar o olhar para suas estratégias de negócio. “A junção gera um líder de mercado mais competitivo. Mas também gera uma racionalização de preços que pode ser positiva. Obviamente, esses negócios devem criar diferenciais para se manterem competitivos e fidelizarem seus clientes”, diz Ferreira.
O comportamento do consumidor será analisado pelo Cade. O advogado especialista em direito concorrencial, Felipe Rosa, diz que a autarquia deve estudar esse negócio sob algumas óticas: a divisão de vendas online e de lojas físicas de cada negócio; um olhar mais aprofundado para as unidades de cada, município ou até mesmo por bairros e se os serviços oferecidos pelas empresas são capazes de gera impactos à concorrência.