Os preços de petróleo fecharam em forte queda nesta segunda-feira (14), diante de dados que revelam que uma recuperação da demanda global deve demorar. Mais cedo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu suas projeções para a demanda global. Além disso indicadores econômicos fracos vindos da China pioraram ainda mais o humor dos investidores, que se decepcionaram, no fim de semama, com a falta de detalhes sobre o pacote de estímulos divulgados pelo governo chinês.
A pressão nesta segunda veio também do dólar mais forte. O índice DXY , que mede a relação do dólar com uma cesta de moedas, subiu 0,35% a 103,26 pontos.
A Opep reduziu mais uma vez sua previsão de crescimento da demanda por petróleo, e agora projeta um crescimento da demanda de 1,93 milhão de barris por dia em 2024, ante a previsão anterior de 2,03 milhões. Para 2025, a previsão é de 1,64 milhão de barris diários, também menor que o 1,74 milhão previsto anteriormente.
Pressão no petróleo vem especialmente por dados que indicam inflação baixa, sinal de desaceleração na demanda dos consumidores. O índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro subiu 04%, menos que o esperado enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) também de setembro caiu 2,8% ante -2,5% esperados. Foi o 24º mês seguido de queda do PPI, enquanto as exportações chinesas caíram pelo quinto mês consecutivo, tirado a confiança dos investidores de que a China irá sustentar a demanda por petróleo.
No fim de semana, o que era para ser a divulgação mais esperada pelo mercado, com um pacote de estímulos para os mercados imobiliário e consumidores, frustrou as expectativas, sem o detalhamento desejado pelos operadores.
Um estudo do Citi divulgado hoje, alerta que uma interrupção no fornecimento de petróleo pelo no Oriente Médio, apesar dos fundamentos fracos do mercado, pode levar o preço do Brent para US$ 120 no quarto trimestre e início de 2025.
“Nosso novo cenário de alta é baseado em temores de fornecimento e interrupções semelhantes em magnitude e duração ao que ocorreu durante 2022”, disse o Citi, referindo-se à invasão russa da Ucrânia, que causou um pico nos preços do petróleo.
O Citi disse que seu cenário-base ainda é US$ 74 para o Brent no quarto quarto trimestre e US$ 65 o barril no primeiro trimestre de 2025. , “devido aos fracos fundamentos subjacentes do mercado de petróleo”.