Washington (Reuters) – O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio desemprego aumentou mais do que o esperado na semana passada, à medida que as condições do mercado de trabalho foram gradualmente se abrandando.
Os pedidos iniciais de auxílio desemprego aumentaram em 9.000 na semana encerrada em 30 de março, para 221.000 em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (4). Economistas consultados pela Reuters previam 214.000 pedidos na última semana.
Os pedidos oscilaram entre 212.000 e 210.000 durante a maior parte de março. Havia 1,36 vaga de emprego aberta para cada pessoa desempregada em fevereiro, em comparação com 1,43 em janeiro, segundo dados do governo divulgados esta semana.
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A escassez de mão de obra persiste em setores como o de construção. Embora as demissões tenham aumentado para um recorde de 14 meses em março, os cortes de pessoal ficaram pouco alterados em comparação com o mesmo período do ano passado.
A resiliência do mercado de trabalho está ancorando a economia, com o Produto Interno Bruto crescendo a uma taxa anualizada de 3,4% no quarto trimestre. As estimativas de crescimento para o primeiro trimestre chegam a um ritmo de 2,8%.
Essa força, combinada com a inflação ainda alta pode fazer com que o Federal Reserve adie um corte muito esperado na taxa de juros este ano.
O chair do Fed, Jerome Powell, reiterou na quarta-feira que o banco central dos EUA tem tempo para deliberar sobre seu primeiro corte na taxa de juros, em um aceno para a resistência da economia e a alta inflação.
Desde março de 2022 o Fed elevou sua taxa de juros em 525 pontos-base, para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.
Os dados dos pedidos de auxílio não têm relação com o relatório de emprego de março que será divulgado na sexta-feira, já que estão fora do período da pesquisa. Pesquisa da Reuters aponta abertura de 200.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, depois de 275.000 em fevereiro.
A previsão é de que a taxa de desemprego permaneça em 3,9%.