O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), exonerou Celso Gonçalves Barbosa, secretário Municipal de Mobilidade e Trânsito, que estava no cargo desde maio de 2023. A exoneração abre caminho para as mudanças que Nunes deve fazer no 1º escalão para o próximo mandato.
A saída de Barbosa foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (7). Hugo Koga, atual secretário-adjunto da pasta, assume interinamente.
Em agenda nesta manhã, Nunes disse à imprensa que a demissão se deu em comum acordo entre os dois. Teria como motivo “desempenho” e o fato de o ex-secretário não estar “bem de saúde”.
A demissão estava no “radar” desde abril. Naquele mês, a secretaria de Mobilidade e Trânsito e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) anunciaram uma ampliação no número de radares na capital. Dias depois, Nunes afirmou que “quase demitiu” Barbosa quando soube do anúncio e publicou um decreto desautorizando a ação.
Mudanças no 1º escalão
Também está em jogo, neste final de ano, a mudança de secretariado do prefeito reeleito para acomodar os 12 partidos que fizeram parte da sua coligação na eleição deste ano.
Em agenda logo após o resultado das urnas, Nunes declarou que começaria o processo de negociação no mês de dezembro, mas despistou. Afirmou que não deve “haver muitas mudanças” na composição da administração pública.
De acordo com o jornal “O Globo”, estaria sob análise da gestão de Nunes a extinção da SPTrans, que é responsável pela administração do transporte de ônibus da cidade e é comandada pela pasta. A empresa pública está administrando a Transwolff e a UP Bus com a intervenção da prefeitura pela suspeita da infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas empresas de ônibus.
A prefeitura também contratou, em agosto, a Fundação Carlos Alberto Vanzolini para fazer a auditoria dessas companhias. Nesta quarta-feira, o prefeito disse que essa análise foi finalizada e deu mais detalhes do resultado.
“[A auditoria] demonstrou algumas inconsistências do ponto de vista de gestão e a incapacidade financeira de elas continuarem avançando”, afirmou, junto da possibilidade de caducidade do contrato com as concessionárias se elas não apresentarem defesa e comprovarem que conseguem manter o serviço.
* Estagiária sob supervisão de Joice Bacelo