O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou hoje que a manutenção da meta de superávit primário de 0,5% do PIB em 2025 acarretaria medidas como criação ou majoração de tributos, o que talvez prejudicasse a economia e tivesse o efeito inverso ao pretendido. Por isso, a escolha do governo foi reduzir a meta. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 prevê resultado primário zero em 2025, a mesma meta fixada para este ano.
O secretário afirmou que as decisões que serão tomadas agora são muito importantes para o futuro e que a meta é a estabilização da dívida pública. A revisão das metas, defendeu, “praticamente não altera” esses objetivos.
Na opinião de Ceron, o país está muito perto de alcançar esse processo de estabilidade da dívida pública, garantindo que ela pare de crescer. “Se a economia estivesse crescendo acima de 3%, poderíamos estabilizar já em 2026”, disse.
A revisão das políticas públicas para combater ineficiências e fraudes já está em curso, disse o secretário, e “há benefícios que devem ser revistos e rediscutidos”. “Já temos resultados efetivos de medidas de revisão de gastos”, comentou.
Ele destacou que o ambiente internacional está adverso e pode ficar ainda pior, mas que esta é uma situação dinâmica e que o importante é olhar o horizonte de médio e longo prazo.