Um estudo realizado por pesquisadores da prestigiosa Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, identificou quais dietas podem contribuir para uma vida mais longa e saudável.
Avaliando quatro das principais dietas reconhecidas mundialmente, o estudo revela insights interessantes sobre a eficácia de cada uma na redução do risco de morte prematura.
O que comer para ter vida longa?
Entre as dietas avaliadas por Harvard estão o Índice de Alimentação Saudável, adotado pelo governo dos Estados Unidos como padrão dietético oficial; o Índice Alternativo de Alimentação Saudável, desenvolvido pela própria Universidade de Harvard; a dieta mediterrânea; e, por fim, a vegana.
A pesquisa destaca a importância de uma alimentação equilibrada, com um foco especial na inclusão de grãos integrais, frutas, vegetais, nozes e legumes.
4 dietas para viver mais, segundo Harvard
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Índice de Alimentação Saudável
De acordo com os resultados, seguir o Índice de Alimentação Saudável, que prioriza alimentos saudáveis à base de plantas e desencoraja o consumo de carne vermelha, açúcares adicionados e gorduras não saudáveis, pode reduzir o risco de morte por qualquer causa em 19%.
Ela funciona com o consumo de frutas, vegetais, grãos integrais e frutos do mar por cada 1.000 calorias ingeridas.
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Índice Alternativo de Alimentação Saudável
Desenvolvido por Harvard, o Índice Alternativo de Alimentação Saudável mostra uma redução no risco de morte de 20%.
Ela exige uma ingestão diária de cinco porções de vegetais e quatro de frutas, além do consumo regular de peixe.
A dieta mediterrânea, conhecida por seu rico consumo de frutas, vegetais, azeite de oliva, peixes, legumes, nozes e sementes, mostrou uma redução de risco de 18%.
O padrão alimentar tradicional está associado a benefícios para a saúde cardiovascular e geral.
Por outro lado, a dieta vegana apresentou uma redução de risco de aproximadamente 14%, a menor entre as dietas estudadas, mas ainda significativa para a prevenção da morte prematura.
O estilo alimentar exclui todos os produtos de origem animal, incluindo carne, laticínios, ovos e produtos derivados, baseando-se principalmente em alimentos de origem vegetal.
Por que a diversidade na dieta é chave para a longevidade?
A pesquisa destacou que, embora as dietas ricas em vegetais sejam benéficas, uma abordagem vegana estrita pode não ser tão eficaz quanto uma alimentação balanceada que inclua uma mistura de carnes e produtos lácteos.
“Estes padrões dietéticos são projetados para fornecer orientações dietéticas fundamentadas cientificamente que promovam a saúde e reduzam o risco de doenças crônicas”, explica Frank Hu. Ele é nutricionista e autor correspondente do estudo em Harvard.
Como os cientistas conduziram a pesquisa?
Os envolvidos no estudo foram mais de 100.000 homens e mulheres, monitorados por um período de 36 anos. Por meio de questionários dietéticos preenchidos a cada dois a quatro anos, os pesquisadores avaliaram a adesão dos participantes a padrões alimentares saudáveis.
Além disso, foram considerados o Índice de Alimentação Saudável dos EUA e o Índice Alternativo de Alimentação Saudável, com pontuações baseadas na frequência do consumo de alimentos saudáveis em contraste com os não saudáveis.
Após ajustar variáveis como histórico familiar, tabagismo e consumo de álcool, os pesquisadores puderam estabelecer uma correlação entre a dieta dos participantes e o risco de morte por todas as causas.
Afinal, qual é a melhor dieta para longevidade?
As descobertas desse estudo não apenas elucidam as dietas mais eficazes na promoção da longevidade. Mas também destacam a importância de uma alimentação diversificada e balanceada.
Adaptar elementos de diversas dietas saudáveis pode ser a chave para desfrutar de uma vida mais longa e saudável.