Um ano atrás, a tensão entre os Estados Unidos e a China era tão forte que Janet Yellen não conseguiu permissão para ir até lá. Hoje, a secretária do Tesouro dos EUA faz sucesso nas redes sociais na China. As duas viagens de Yellen – a mais recente na semana passada, quando recebeu tratamento VIP – não renderam mudanças de posição em Pequim: os EUA e a Europa continuam a sofrer com o dumping de mercadorias da China. Na quarta-feira, o presidente americano, Joe Biden, disse que iria triplicar as tarifas sobre as importações de aço chinesas – uma jogada eleitoral pura, já que elas respondem por apenas 0,6% da demanda total de aço dos EUA. Ainda assim, grande parte da ameaça foi drenada da relação mais perigosa do mundo. Parte disso decorre da interação da China com uma autoridade que para muitos lembra a avó favorita. “Existe um elemento pessoal nisso”, diz Yellen. “Ele envolve respeito e escutar o outro lado.”