O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que está à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conversar sempre, em ”qualquer churrasco, qualquer almoço, qualquer jantar”. Campos Neto concedeu em entrevista à Globonews.
O presidente do BC ressaltou que não tem contato frequente com Lula e que normalmente o contato é feito por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Quando tem alguma coisa relevante no sentido econômico, eu primeiro converso com o ministro Haddad, geralmente ele fala com o presidente Lula”, disse.
O presidente do BC ressaltou que é “super importante” estar disponível e que do lado dele, a relação está ótima.
Sobre o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) 65/23, de autonomia do BC, Campos Neto ressaltou que não sabe o quanto interessa para Lula o detalhe do projeto, mas “se interessar e eu puder ajudar, estou à disposição”.
Na entrevista, Campos Neto voltou a defender a PEC como uma forma de modernizar o Banco Central. Ele ressaltou que todos os diretores trabalharam no projeto e que a PEC “visa a modernidade”. O presidente do BC também afirmou que tem conversado com o ministro Haddad, e “ele também está encaminhando o tema”.
Além disso, o presidente do BC voltou a repetir que é importante saber dizer “não” na cadeira do BC. Questionado para quem ele já disse não, Campos Neto afirmou que já falou para o ex-ministro da Economia Paulo Guedes, para o ministro Fernando Haddad e para membros do Legislativo. “É importante entender que quando eu falo “não”, tenho que explicar por que estou dizendo não. O “não” não é uma coisa pessoal, é um “não” técnico”, disse.