A ossada de um lince que morreu há cerca de 1500 anos foi encontrada enterrada junto de dois casais de cachorros na Hungria. A descoberta deixou os arqueólogos confusos, visto que vestígios desses animais são raramente encontrados em sítios arqueológicos, principalmente dessa forma.
A descoberta do lince é estranha
O lince é um animal encontrado em todo o Hemisfério Norte, apesar de atualmente ele estar praticamente extinto da Europa, devido à invasão humana nos seus habitats florestais. Geralmente esse animal se alimenta de pequenos mamíferos e aves, mas sua carne geralmente não é consumida por humanos, fazendo com que seus esqueletos sejam dificilmente encontrados em sítios arqueológicos. De acordo com Lászlo Bartosiewicz, em resposta ao LiveScience, geralmente o que é encontrado em sepulturas são garras ou restos de peles.
Além disso, vestígios anteriormente encontrados no sítio arqueológico sugerem que as pessoas que viviam na região sobreviviam provavelmente de alimentos cultivados e animais domesticados e não da caça selvagem. Assim, a descoberta, descrita no International Journal of Osteoarchaeology, deixou os pesquisadores confusos.
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Os arqueólogos apontam duas hipóteses que podem justificar a cova com os animais, uma é de que o enterro é a consequência de um confronto mortal entre os cães e o lince. A outra é de que o sepultamento foi proposital com um significado ritualístico.
Os pesquisadores apontam ser difícil resumir o achado em uma interpretação, visto que não se conhece o contexto etnográfico da população que vivia no local, apesar de existirem indícios que favorecem os dois lados.