Cresce aplicação da telemedicina no país | Gestão da saúde

Redação
por Redação

A telemedicina tem tido a sua aplicação ampliada no Brasil. Além do atendimento a pacientes, vem sendo muita utilizada na interação à distância entre os profissionais da área médica e como uma plataforma de apoio a políticas públicas de saúde.

Hospital filantrópico que registra 7% dos seus atendimentos via plataforma de telemedicina, a BP (Beneficência Portuguesa de São Paulo) tem parcerias com o Ministério da Saúde centradas na interação médica. Um deles é o TeleUTI, que contempla 850 leitos de Unidades de Terapia Intensiva de 90 hospitais públicos do país.

Médicos, enfermeiros e fisioterapeutas intensivistas da BP e do Sistema Único de Saúde (SUS) discutem casos diariamente com o objetivo de melhorar a qualidade na assistência multiprofissional ao paciente crítico, revela Maria Alice Rocha, superintendente de comunicação corporativa, pessoas e sustentabilidade da BP.

A iniciativa também conta com teleinterconsultas com especialistas não intensivistas (como cardiologistas, pneumologistas, infectologistas e neurologistas da BP) para contribuição em casos específicos. As interações já resultaram em 13.064 visitas e 3.552 pacientes atendidos.

Uma parceria com o InovaHC, núcleo de inovação tecnológica do Hospital das Clínicas de São Paulo, permitirá a instalação de um ramal da rede 5G em Miguel Alves (PI), para realização de teleconsultas e telediagnóstico. Parte projeto TeleNordeste, o programa tem como foco a saúde da mulher.

A cidade possui 32.150 habitantes, dos quais 70% vivem na área rural e quilombola com dificuldade de acesso à atenção especializada. “Estamos na fase final de viabilização de equipamentos para fazer ultrassonografia à distância, permitindo o diagnóstico em um dia, o que torna o tratamento mais efetivo”, diz Maria Alice.

O A.C. Camargo Câncer Center pretende expandir este ano a aplicação da plataforma de telemedicina para todas as linhas de cuidados, como nutrição, psiquiatria e psicologia. A expansão vai seguir o nível de adesão das pessoas a esse tipo de interação com o médico, acredita Carlos Sacomani, coordenador médico de inovação e tecnologia do hospital.

Faz parte dos planos o uso da telemedicina como plataforma de integração entre médicos de diferentes especialidades. À distância, eles poderão tomar decisões colegiadas para o tratamento do paciente. “Imagina oferecer essa estrutura para um médico de outra cidade que não tem o apoio de um especialista”, diz Sacomani.

A conveniência e a facilidade de acesso à assistência técnica contribuíram para a Conexa Saúde ampliar a sua operação. Até março deste ano adicionou 37 novos clientes na carteira, totalizando 577 clientes, entre empresas e operadoras de plano de saúde. Entre 2019 e 2024, o número de consultas saltou de 1,5 mil para 500 mil mensais.

Além de fortalecer o seu programa de saúde, que integra todos os serviços médicos oferecidos, a Conexa Saúde está investindo na melhoria tecnológica da sua plataforma de telemedicina. Um dos projetos aumenta o tempo de interação entre o médico e o paciente durante a consulta.

Com o uso de inteligência artificial, todas as orientações e prescrições médicas são inseridas automaticamente no prontuário do paciente. O médico não precisa perder tempo preenchendo o prontuário, explica Gabriel Garcez diretor-médico da Conexa Saúde. “A novidade está disponível desde março na atenção primária e a partir de abril se estenderá aos serviços de pronto-atendimento e ambulatorial”.

A inserção automática dos exames no prontuário do paciente é outro projeto de melhoria tecnológica na plataforma da Conexa Saúda. Uma vez realizado, um alerta é gerado no sistema e uma mensagem é enviada por WhatsApp do paciente, sugerindo a marcação da consulta. O objetivo é evitar o abandono do tratamento.

O Dr. Consulta, cuja operação mescla atendimento remoto e presencial, tem como proposta de valor fortalecer a jornada híbrida do paciente. “Cada consulta tem que acontecer na modalidade que for melhor para a condição clínica do paciente”, enfatiza Paulo Yoo, diretor de ecossistemas e inovação da empresa.

Atualmente, 10% das consultas a médicos, nutricionistas e psicólogos são realizadas através do aplicativo e têm abrangência nacional. O restante ocorre presencialmente nos 29 centros clínicos que o Dr. Consulta possui na região metropolitana de São Paulo.

Fonte: Externa

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