Estados Unidos, Reino Unido e França se opuseram nesta quarta-feira a um projeto de declaração da Rússia no Conselho de Segurança da ONU que teria condenado um ataque contra o complexo da embaixada do Irã na Síria, pelo qual o governo iraniano culpou Israel, aliado dos EUA.
Comunicados à imprensa do conselho de 15 membros precisam ser aprovados por consenso. Diplomatas afirmaram que os EUA, com apoio de França e Reino Unido, disseram aos colegas do conselho que muitos dos fatos do que aconteceu na segunda-feira em Damasco ainda não estão claros e que não havia consenso entre os membros do conselho durante uma reunião nesta terça-feira.
“Isso serve como uma clara ilustração dos dois pesos e duas medidas da ‘troika’ do Ocidente e a sua verdadeira, em vez de declarativa, abordagem à legalidade e à ordem no contexto internacional”, afirmou o vice-embaixador da Rússia na ONU, Dmitry Polyanskiy, em uma publicação no X.
No passado, o Conselho de Segurança da ONU emitiu comunicados condenando ataques contra instalações diplomáticas. A União Europeia condenou o ataque nesta quarta-feira — dizendo que a inviolabilidade de instalações e de funcionários diplomáticos e consulares precisa ser respeita — e pediu que os países se contivessem.
Os EUA afirmaram que não confirmaram o status do prédio atingido em Damasco, mas que ficariam preocupados se fosse uma instalação diplomática.
Israel não reivindicou responsabilidade pelo ataque, que destruiu um prédio consular adjacente ao principal complexo da embaixada, matando sete membros da Guarda Revolucionária do Irã.
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