Com voto de Barroso, CNJ anula afastamento de Hardt e adia ação contra Moro

Redação
por Redação


O afastamento cautelar de qualquer magistrado reclama motivos de natureza extremamente grave, além de contemporaneidade aos fatos, ainda mais quando determinado de forma monocrática, situações que não se verificam no caso em debate
Nota da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil)

Juíza trocou mensagens com Deltan sobre o acordo

O relatório de Salomão afirma que Hardt tratou, fora dos autos, da criação do fundo da Lava Jato. Em depoimento ao CNJ, ela disse que tratou do assunto em janeiro de 2019, por mensagens de aplicativo, com o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR), que à época chefiava a força-tarefa da Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal).

O dinheiro do fundo, segundo o acordo, sairia de uma multa acertada entre a Petrobras e os Estados Unidos. Para encerrar processos na Justiça norte-americana, a estatal aceitou pagar uma multa e direcionar 80% do valor para o Brasil. Segundo Salomão, a Lava Jato cometeu irregularidade ao assumir esses recursos, porque o acordo nos EUA previa que o beneficiário seriam “autoridades brasileiras”.

Hardt disse ao CNJ que a Lava Jato pediu pressa na homologação do acordo. Ela afirmou que foi procurada pela força-tarefa para que validasse o trato com a Petrobras “nos próximos dias”. Segundo a juíza, os procuradores afirmaram que “ia ficar muito feio para o Brasil todo o dinheiro da indenização ir para os Estados Unidos”.

Por aqueles dias, Dallagnol tratou com Hardt dos processos contra Lula. O UOL revelou que o ex-procurador mandou mensagens aos colegas, em 10 de janeiro de 2019, informando que havia encontrado a juíza e que ela se comprometeu a dar sentença no caso do sítio de Atibaia, o que de fato ocorreu menos de um mês depois.





Fonte: Externa

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