Uma série de ervas e temperos pode ajudar a melhorar a saúde do seu cérebro, e alguns deles podem já estar na sua geladeira ou armário.
Várias destas ervas e especiarias foram objetos de estudo quanto aos seus efeitos na doença de Alzheimer.
Enquanto outras foram testadas quanto aos seus efeitos globais na cognição (ou seja, a ação ou processo mental envolvido no pensamento, compreensão, aprendizagem e memória).
Quais ervas e temperos que beneficiam o cérebro?
Sálvia
Uma especiaria conhecida por seu aroma, a sálvia também pode melhorar a cognição e ajudar no tratamento da doença de Alzheimer.
Na verdade, uma revisão de pesquisa publicada em 2017 sugere que a sálvia contém compostos que podem ser benéficos para a função cognitiva e neurológica.
Cúrcuma
A cúrcuma é uma especiaria muito usada na Ayurveda.
Contém um composto chamado curcumina, que tem efeitos antioxidantes e antiinflamatórios. Esses dois fatores podem beneficiar a saúde do cérebro e a saúde geral.
De acordo com uma revisão de 2010, pesquisas sugerem que a cúrcuma pode melhorar a saúde do cérebro e prevenir o Alzheimer, eliminando o beta-amilóide do cérebro.
Sabe-se que o acúmulo dessa proteína forma placas cerebrais relacionadas ao Alzheimer.
Além disso, a cúrcuma pode proteger a saúde do cérebro, inibindo a degradação das células nervosas do cérebro.
Ginkgo biloba
Há muito utilizado como tratamento para a demência, o ginkgo biloba é um remédio comum na medicina tradicional chinesa e bem conhecido por seus benefícios.
Acredita-se que o ginkgo biloba possa ajudar a melhorar a função cognitiva, em parte, estimulando a circulação e promovendo o fluxo sanguíneo para o cérebro.
Embora a pesquisa tenha produzido resultados mistos, há evidências de que esta erva pode melhorar a função cognitiva em pessoas com Alzheimer.
Além disso, uma revisão de pesquisa publicada no Journal of Alzheimer’s Disease em 2015 sugere que um extrato de ginkgo biloba chamado EGb761 pode ser útil para retardar o declínio da cognição.
Isso especialmente entre pacientes que apresentam sintomas neuropsiquiátricos, além de comprometimento cognitivo e demência.
Ginseng
O Ginseng é uma das melhores ervas para o cérebro devido à sua capacidade potencial de prevenir a perda de memória. Além disso, ajuda a reduzir o declínio da memória relacionado à idade.
Uma das plantas mais populares na fitoterapia, o ginseng contém produtos químicos antiinflamatórios chamados ginsenosídeos.
De acordo com uma revisão publicada em 2018, os cientistas observaram que os ginsenosídeos podem ajudar a reduzir os níveis cerebrais de beta-amilóide em estudos preliminares de laboratório.
Erva-cidreira
Uma erva que frequentemente as pessoas usam para fazer chá e aliviar a ansiedade e a insônia, a erva-cidreira pode ajudar a melhorar a função cognitiva.
Algumas pesquisas sugerem que esta pode ser uma ótima erva para perda de memória.
Para um estudo publicado no Journal of Neurology, em 2003, 42 pacientes com doença de Alzheimer leve a moderada tomaram placebo ou extrato de erva-cidreira por quatro meses.
No final do estudo, aqueles que receberam erva-cidreira apresentaram uma melhoria significativamente maior na função cognitiva.
Embora certas ervas e especiarias possam ter efeitos benéficos no cérebro, nenhum remédio natural deve ser usado como substituto dos cuidados padrão no tratamento de uma condição que afeta a saúde do cérebro.
Efeitos colaterais
É importante notar que embora adicionar ervas e temperos em pequenas quantidades utilizadas na culinária possa ser saudável e benéfico, usá-los em grandes quantidades pode ser perigoso.
Tomar ervas e temperos de forma mais concentrada, como os encontrados em suplementos, apresenta maior risco de efeitos colaterais adversos.
Formas concentradas (suplementos) de açafrão, ginseng e ginkgo têm um efeito afinador do sangue, aumentando assim o risco de sangramento, especialmente em pessoas que tomam outros anticoagulantes.
O ginseng pode causar alterações na pressão arterial (maior ou menor), interage com muitos medicamentos e pode causar uma reação alérgica grave ou danos ao fígado em casos raros.
Por isso, antes de começar a tomar qualquer suplemento ou fazer alterações significativas na alimentação, é importante conversar com um médico.