Aldo Rebelo volta ao MDB quatro décadas depois; nome é cotado para vice de Nunes

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por Redação

O secretário de Relações Institucionais da Prefeitura de São Paulo, Aldo Rebelo, trocou o PDT pelo MDB, mesmo partido do prefeito Ricardo Nunes.

Rebelo é cotado como um possível vice de Nunes no pleito deste ano. Segundo fontes ouvidas pela CNN, o secretário é um dos nomes preferidos do prefeito para o cargo e foi chancelado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Entretanto, agora não será a primeira passagem de Rebelo pelo MDB. Entre 1980 e 1985, o secretário esteve na sigla enquanto o PCdoB, em que militava desde os anos 1970, estava na ilegalidade devido à ditadura militar.

“Quem conhece a trajetória política de Aldo Rebelo sabe que o amor ao Brasil e a defesa da democracia são os valores que ele preza acima de tudo. Esses ideais já o trouxeram ao MDB uma vez e, agora, o trazem de volta”, afirmou, em nota, Enrico Misasi, presidente do Diretório Municipal do MDB de São Paulo.

O PDT, seu antigo partido, já declarou apoio ao deputado federal Guilherme Boulos, pré-candidato pelo PSOL.

A entrada de Rebelo na pasta de Relações Internacionais aconteceu após a saída de Marta Suplicy, que aceitou o convite para ser pré-candidata a vice de Boulos.

 

José Aldo Rebelo Figueiredo nasceu em 23 de fevereiro de 1956, no município de Viçosa, em Alagoas. Filho de José Figueiredo Lima e Maria Cila Rebelo Figueiredo, é jornalista e foi matriculado no curso de Direito da Universidade Federal de Alagoas entre 1975 a 1978, não concluindo a graduação.

Seu início na política foi como líder estudantil nos anos 1970, fazendo oposição ao regime militar como integrante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que estava na clandestinidade.

Entre 1979 e 1981 foi secretário-geral e presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). A partir de então, deixou seu estado natal e foi para São Paulo, onde foi um dos fundadores da União da Juventude Socialista (UJS).

Sua primeira candidatura foi em 1982, quando concorreu para deputado federal pelo PMDB, já que o PCdoB continuava clandestino. Não foi eleito, mas prosseguiu na militância de esquerda.

Em 1984, fez parte da campanha “Diretas Já”, que tinha como objetivo a volta das eleições diretas para a Presidência da República. Em 1989, foi eleito vereador na cidade de São Paulo já pelo PCdoB.

A partir de 1991, foi eleito para cinco mandatos consecutivos para a Câmara dos Deputados.

Em 2004, se licenciou do cargo de deputado para assumir a Secretaria de Coordenação Política e Relações Institucionais no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De volta ao Poder Legislativo, em 2005, foi eleito presidente da Câmara, permanecendo no cargo até 2007.

Nas eleições municipais de 2008, foi vice de Marta Suplicy, que estava no PT, à Prefeitura de São Paulo. No segundo turno, a chapa terminou com 39,28% dos votos válidos, perdendo para Gilberto Kassab, então no Democratas.

No governo de Dilma Rousseff (PT), Rebelo foi ministro do Esporte entre 2011 e 2015; ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, entre janeiro e outubro de 2015; e ministro da Defesa, entre outubro de 2015 e maio de 2016.

Após a saída do governo federal, deixou o PCdoB em 2017 e se filou ao PSB. A partir de 2018, foi para o Solidariedade, onde foi cotado como pré-candidato à Presidência da República, o que não se concretizou.

A partir de 2022, se filiou ao PDT e concorreu ao Senado por São Paulo, ficando em oitavo lugar com 1,07% dos votos válidos. Agora, ele retorna ao MDB.

Fonte: Externa

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