O economista-chefe da Reag Investimentos, Marcelo Fonseca, avalia Nilton David como um “ótimo nome” para a diretoria de política monetária. “Muito técnico, competente e íntegro. Difícil pensar em um nome melhor”, afirmou. Fonseca conta que estudou com David na Faculdade de Economia e Administração (FEA), na Universidade de São Paulo. Quando perguntado se o risco de transição estaria enterrado com a nomeação do novo diretor, Fonseca afirma: “O risco está totalmente na política fiscal.”
Já a economista-chefe da Tenax Capital, Debora Nogueira, trabalhou com David na fundação da Canvas Capital, gestora que antes se chamava Península Investimentos.
“O Nilton era o principal gestor depois do Sergio Blatyta, que era diretor de investimentos [CIO]. Não consigo imaginar um nome melhor que o Nilton. Uma pessoa humilde, inteligente, técnico, correto. Conhece muito bem todos no mercado e têm muita experiência. É super respeitado em todos os ambientes que participa. Pensando na composição da diretoria, é um nome muito complementar ao do Diogo Guillen. Fui muito surpreendida positivamente pelo anúncio”, afirma.
Nogueira aponta que o novo indicado à cadeira do BC irá atuar de forma independente. “Foi a melhor notícia que poderíamos ter tido nesta tarde. Nosso problema é que estamos em um engodo fiscal e isso ele não vai poder resolver. Mas, do lado da política monetária, é um ganho enorme”, conclui.
O economista-chefe de uma importante gestora local, em condição de anonimato, afirma que o indicado tem amplo conhecimento técnico e é muito preparado para o cargo. “Ele sabe muito de todos os mercados. No relativo, diria que ele entende mais de câmbio, porque fez isso por mais tempo. Mas ele é muito sênior em câmbio e juros”, afirma o economista-chefe de uma gestora importante local, em condição de anonimato.
Considerado um bom técnico e sem viés político pelos colegas de banco, David é especialista na negociação de juros e de câmbio, área que tem mais anos de experiência. “Ele é bem técnico e conhece bastante sobre o mercado e política monetária. Vai tentar fazer o melhor para colaborar com a missão do BC, não tenho dúvida”, disse um executivo que trabalha com ele, mas pediu para não ser identificado. “Sem dúvida é técnico. Bom trader, sem viés político”, disse outro profissional do banco.
“Nilton trabalhou aqui com a gente. Gosto dele e acho que ele entende muito bem a dinâmica do mercado. Tem tudo pra fazer um bom trabalho”, afirmou um antigo colega de um banco estrangeiro, que conviveu com ele por muitos anos.
