A segunda-feira não guarda indicadores econômicos relevantes nem no Brasil nem no exterior e, assim, discursos do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, devem ser observados com atenção, após a guinada “hawkish” da autoridade monetária brasileira na semana passada, durante os encontros de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI). A divisão quanto à magnitude do corte na Selic na reunião de maio foi inserida no mercado, que já ajustou os modelos para uma taxa de juros mais alta no fim do ciclo, de 9,75%, como mostra pesquisa do Valor.
Além disso, os participantes do mercado seguem atentos a Brasília, na medida em que o governo tenta “desarmar” pautas-bomba que podem minar os esforços da equipe econômica para tentar atingir a meta de um resultado primário equilibrado neste ano. Possíveis alívios na parte fiscal podem se refletir no mercado doméstico, que, após o “sell-off” recente, está mais “limpo” tecnicamente, em um sinal que pode indicar chances de valorização mais expressivas à frente caso haja algum apoio do noticiário.