O orçamento total dos bancos em tecnologia para 2024 chegará a R$ 47,4 bilhões, 21% superior aos R$ 39 bilhões de 2023 e mais do que o dobro do investido em 2015, R$ 19,1 bilhões, segundo dados da Febraban, a partir de pesquisa elaborada pela Deloitte. A estimativa foi calculada a partir de valores informados pelos próprios bancos.
A segurança cibernética e sistemas cloud são prioridade para 100% dos bancos entrevistados. Outros 96% informaram que também irão priorizar a inteligência artificial (IA), enquanto 56% relataram blockchain e Drex, o projeto de moeda digital do Banco Central. Apenas 11% relataram como prioridade a computação quântica.
Segundo o documento, as instituições devem centrar seus esforços em arquitetura, infraestrutura e ferramentas especializadas em estratégias para detecção e resposta a ameaças cibernéticas. Entre elas estão cloud security, gestão de identidades e acessos, testes de invasão e criptografia dos dados e informações e no treinamento e conscientização dos colaboradores.
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Os números mostram que serão necessários cerca de 10 mil novos profissionais de tecnologia da informação só neste ano, podendo chegar ao número total de 54,1 mil. Atualmente são 45,3 mil profissionais de TI na indústria bancária, elevação de 22% em relação ao estudo elaborado em 2023. A maior parte, cerca de 17,7 mil profissionais (39%), são desenvolvedores de sistemas. Os bancos projetam investir R$ 2,98 bilhões para melhorar as condições de trabalho desses profissionais.
O estudo da Deloitte revela que a inteligência artificial, especialmente a generativa, vem sendo utilizada por 54% dos bancos. Entre as aplicações de IA utilizadas pelos bancos estão:
- biometria facial (75%)
- chatbot (71%)
- robotização de processos, chamado de RPA (67%)
- IA generativa (54%)
- e inteligência cognitiva (25%)
“A pesquisa indicou que, para os bancos que já implementaram a IA, a eficiência dos processos bancários se elevou a uma taxa média de 11%”, comenta Sergio Biagini, sócio-líder da Deloitte para a Indústria de Serviços Financeiros, em nota.
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O estudo indica ainda que neste ano bancos estão focados em experiência do cliente (83%), inovação tecnológica (71%), personalização de produtos e serviços (63%), segurança e privacidade de ponta (58%), responsabilidade social e sustentabilidade (54%) e ofertas integradas de ecossistema (54%).
“A pandemia acelerou o processo de digitalização da tecnologia bancária, juntamente com o nascimento do Pix, a implementação do Open Finance e, no momento, a chegada do Drex, resultando em uma maior oferta de produtos e serviços para nosso cliente. Tudo isto reflete nestas prioridades dos bancos para explorar novos formatos de atendimento e busca por excelência operacional”, afirma Rodrigo Mulinari, diretor responsável pela Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, em nota divulgada pela federação.