Ronald quer fazer esclarecimento à PF, segundo a defesa. Em nota divulgada na época em que pediu um novo depoimento à PF, a defesa de Ronald havia dito que quer esclarecer à Polícia Federal “que ele não tem de qualquer forma, seja no que for, participação em ilícitos contra ninguém ou contra o Estado democrático de direito“.
Em 14 de março, a PF negou o pedido de novo depoimento, de acordo com os advogados. “Não há previsão para realização de audiência com o Sr. RONALD FERREIRA DE ARAÚJO JÚNIOR”, e que, “[c]aso haja necessidade de ouvi-lo dentro dos autos faremos contatos e alinharemos uma data […]”, respondeu a PF, segundo nota divulgada pela defesa após a publicação desta matéria.
No dia 28 de março, os advogados afirmam que sugeriram o dia 24 de maio como nova data para o depoimento, mas a PF não respondeu.
O tenente-coronel é um dos que teriam auxiliado Bolsonaro na elaboração de uma minuta para decretar um golpe de Estado, segundo a PF. Ele é investigado, como outros ex-integrantes do governo Bolsonaro, pelo crime de tentativa de abolir o Estado democrático de direito.
O texto que embasaria o golpe teria sido apresentado ao ex-presidente. Bolsonaro, então, teria chamado os comandantes das Forças Armadas para uma reunião, em uma tentativa de angariar apoio.