O governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) oficializou, neste final de semana, a candidatura do ditador Nicolás Maduro para seu terceiro mandato em eleições internas que não contaram com adversários.
De acordo com o anúncio da legenda, foram realizadas mais de 15 mil assembleias pelo país que nomearam o atual mandatário do regime de Caracas para continuar no poder, em meio a denúncias de perseguição política e repressão a Direitos Humanos.
O caso mais recente ocorreu no domingo (10), quando forças militares da ditadura prenderam Emill Brandt, diretor de campanha de María Corina Machado , a candidata unitária da oposição que foi inabilitada de concorrer no pleito presidencial.
Além dele, a oposição denuncia a prisão arbitrária de Luis Camacaro, Juan Freites e Guillermo López, chefes de seu comando de campanha nos estados de Yaracuy, La Guaira e Trujillo, respectivamente, que “hoje estão presos em El Helicoide (Caracas), o maior centro de tortura da América Latina”, segundo Machado.
Em janeiro, o regime de Maduro acusou seus adversários de conspirações que incluíam o assassinato do ditador. Desde então, o chavismo organizou um plano para “defender o direito à paz” que, no entanto, elevou os níveis de repressão e perseguição política no país, poucos meses antes das eleições presidenciais, marcadas para 28 de julho.